FICA AHI PRA IR DIZENDO

Tuesday, August 28, 2007

Clubes sociais de etnia negra se reúnem em Pelotas

O Seminário Clube Social: etnia negra, raízes e visibilidade começa nesta quarta-feira com a presença do Presidente da Fundação Palmares e representante do Ministério da Cultura, Zulu Araújo. A atividade é uma promoção do Clube Cultural Fica Ahí e Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Projetos Especiais, e deverá reunir 250 pessoas na sede do clube para discutir diversos temas ligados à etnia negra.

A abertura oficial será nesta quarta-feira, às 20h. A primeira palestra será realizada por Zulu Araújo, com a presença da secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Renata Mello. Na quinta-feira, os trabalhos recomeçam as 8h30 com a palestra sobre as Charqueadas e o trabalho negro, ministrada por Gicelda Marques Lima. No mesmo dia, ainda serão tratados temas como a função social da comunicação num Brasil miscigenado, com o gerente de comunicação da Fundação Palmares, Oscar Henrique Cardoso. Durante à tarde os temas das palestras serão o papel do negro na história brasileira, o negro na educação e os caminhos para profissionalização do negro.

No último dia do encontro, 31 de agosto, serão debatidas as ações e a evolução dos clubes sociais de etnia negra e a contribuição do negro para a sociedade, com a presença de profissionais negros de diversas áreas. O encerramento do evento será realizadopelo grupo de dança do Colégio Municipal Pelotense.


Data: 28/08
Hora: 16:22
Redator: Vilmarise Franceschi Mtb:8956

Thursday, July 26, 2007

SPE E CLUBE FICA AHI LANÇAM SEMINÁRIO

Nesta quinta-feira, o Clube Cultural Fica Ahi lança o Seminário "Clubes Sociais de Etnia Negra: raízes e visibilidade", que será realizado de 27 a 30 de agosto em Pelotas.

O evento terá a parceria da Secretaria de Projetos Especiais e contará com a presença do presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, e da cantora Leci Brandão.

Na ocasião será servido um coquetel para convidados e apresentada a proposta do seminário.

O coquetel de lançamento do seminário será realizado na sede do clube, a partir das 20h.

Redator: Vilmarise Franceschi Mtb:8956


Fonte: www.pelotas.rs.gov.br

Wednesday, July 25, 2007

PELOTAS REALIZA IV MOSTRA DE TEATRO E DANÇA DE ORIGEM AFRICANA

De 2 a 4 de novembro, acontece em Pelotas a Mostra no Theatro Sete de Abril e no Clube Cultural Fica Ahi.

por Fabiana Santos, presidente da comissão organizadora da Mostra

A Mostra de Origem Africana surgiu na pretensão de catalogar e incentivar grupos e companhias de dança e teatro locais, que trabalhassem com a temática negra, e ainda, proporcionar um espaço cultural de divulgação dos trabalhos desenvolvidos por parte da classe artística da cidade.

Na sua primeira edição, a mostra que teve como parceiro o Clube Cultural Fica Aí, local onde foi realizada, contou com a participação de 6 grupos locais (5 de dança e 1 de teatro).

No ano de 2005, em parceria firmada entre a Cia. de Dança Afro Daniel Amaro, Clube Cultural Fica Aí, Secretaria Municipal de Cultura, Universidade Católica de Pelotas, Posto da Figueira e Doçaria Pelotense, aconteceu a II edição da mostra, com um objetivo a mais que os iniciais, o de promover o intercâmbio entre grupos e cias. do país, como forma de demonstrar a possibilidade de profissionalização a partir da promoção da cultura afro-brasileira.

Nesse ano o número de companhias participantes cresceu de 6 para 10, contando com a apresentação de grupos oriundos de São Lourenço do Sul, Porto Alegre, Santa Vitória do Palmar e Rio de Janeiro, além das cias. de Pelotas.

Para a realização da mostra de 2006, a coordenação do evento se articulou desde o início do ano, e desta forma, além de buscar novos incentivos, reafirmou compromisso com os parceiros do ano anterior, considerando o crescimento do evento a cada ano, uma vez que passou a contar com a participação de grupos e Cias. de fora da cidade e do estado, o que ocasionou o enriquecimento do cenário artístico cultural pelotense, uma vez que possibilitou às cias. locais um aprendizado imensurável com relação ao profissionalismo da dança e teatro de origem africana.

Para 2007 o evento pretende destacar, além da dança, os conhecimento e técnicas na área do Teatro, viabilizando uma oficina voltada para os participantes da Mostra e comunidade no geral.

Importante salientar que, a iniciativa de convidar grupos de fora do estado e o crescimento da mostra só foi possível em função da Cia. de Dança Afro Daniel Amaro ter sido convidada para então participar do I e II Fórum de Performance Negra - Salvador - Junho/2005 e Agosto/2006, evento que permitiu o intercâmbio entre dezenas de cias. brasileiras que trabalham com a mesma temática.


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Oficina/Debate:
03 e 04 de novembro de 2007

Cia. Aérea de Dança/RJ
“Fértil” – Oficina de samba-dança para mulheres

A dança através do mexe-mexe, do bole-bole e do balacobaco do samba.

Sem estereótipos, esta oficina traça um caminho corporal de origem africana, que influenciado pela estética européia, gerou uma dança que tem em sua essência a força e o poder da terra fértil.

Duração: 02 aulas/90 minutos
Dirigida ao público feminino.

“Ginga” – Oficina de samba-dança para homens

Embalando com o legado corporal dos bambas. Esta oficina desvenda o que há por trás do encantamento dos gestos dos malandros, personagem da vida urbana carioca que, com sua figura ambígua estilizou gestos e hábitos da alta sociedade. Sua habilidade corporal extremamente ligada a sua condição viril está baseada em técnicas e fundamentos abordados nesta oficina.

Duração: 02 aulas/90minutos
Dirigida ao público masculino.

Todos os cursos são ministrados por João Carlos Ramos e assistidos por Michelle Reis e/ou Flávia Valente

João Carlos Ramos
Carioca, começou a dançar nos concursos das Discos dos clubes do subúrbio do Rio de Janeiro, e como organizador de grupos amadores de dança de sua região. Aos 19 anos ingressou no Grupo Coringa da coreógrafa Graciela Figueroa. Com atuação no Brasil, Europa e Estados Unidos diversificou seu trabalho em diversas áreas realizando coreografias para teatro e musicais como “Fica Comigo Esta noite” e "ARN" da Intrépida Trupe, shows e vídeos-clipe de Jorge Benjor, Lulu Santos, Zeca Pagodinho e Paulo Moura. Seu trabalho como coreógrafo mais recente foi “Brasil Brasileiro” de Cláudio Segovia, apresentado em Paris, Lyon, Barcelona e Londres.

Michelle Reis
Filha de uma das mais tradicionais famílias representantes do samba das gafieiras cariocas, “Os Irmãos Reis”. Sua formação se baseia na convivência profissional com sua família, aos 03 anos de aulas de ballet na Academia Jonhy Franklin e há dez anos como integrante da Cia Aérea de Dança.

Flávia Valente
Bailarina, formada em dança pela Universidade (UFRJ), também dá aulas e tem um trabalho de pesquisa no tango há mais de onze anos. Participou por três anos da Cia de Dança da Cidade, que tem um enfoque na re-montagem de repertórios dos principais coreógrafos contemporâneos, como Lia Rodrigues, João Saldanha, Graciela Figueroa, entre outros.

Espetáculo apresentado pela Cia. Aérea de Dança

Espetáculo “Gaffi”

A Cia Aérea de Dança foi buscar no ambiente multifacetado das gafieiras, a matéria-prima para desenvolver “Gaffi”. O homem e a mulher, o negro e o branco, o ritmo e a poesia, o amor e a dor. No universo dual das gafieiras, não importa o lugar, estes “opostos/complementares” sempre se encontram. Músicas como “Matriz ou filial” de Lupcínio Rodrigues e “Ternura” de K-Ximbinho fazem parte de uma trilha sonora que vai desde bate papos pela internet até conversas ao vivo com o público servindo de fundo para a execução de uma coreografia.

O espetáculo é interpretado pelos três bailarinos da Cia – Flávia Valente, João Carlos Ramos e Michelle Reis que com um vocabulário de movimentos originais, passeiam por diversas situações existentes na relação triangular que permeiam os três personagens num salão de gafieira. Também adquire um formato de baile adequando o roteiro à participação de artistas do segmento da dança de salão de cada região onde é realizado, formando um elenco numeroso de dançarinos profissionais, amadores, alunos de academias e projetos sociais, inserido-os num contexto de criação coletiva onde cada um ocupa um lugar adequado à sua função e nível de experiência.

Ficha técnica
Direção e coreografia: João Carlos Ramos
Bailarinos: Flávia Valente, João Carlos Ramos e Michelle Reis
Músicas: Paulo Moura, WB e Peregrino, Lupcínio Rodrigues, Carlos César
Lenzi e Edgardo Donatto, Caetano Veloso, Bebeto, K-Ximbinho e Dolores Duran.
Iluminação: Dom
Figurino: Cia Aérea de Dança

Cia Aérea de Dança
Nascida no Circo Voador, Lapa, Rio de Janeiro, no ano de 1985, não poderia ter tido tempo e espaço mais propícios à fecundação de um trabalho que iria se pautar na diversidade de linguagens e estilos. Criada pelo coreógrafo João Carlos Ramos, baseia-se nos conceitos da dança contemporânea, desenvolvendo um trabalho sempre voltado para a criação de uma arte que tem suas raízes na história e nos modos do povo brasileiro.

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Oficina / Debate:
02 à 03 de novembro de 2007

Dar corpo à cena: o teatro na dança.

Ementa:

A oficina tem como objetivo a experimentação de técnicas de teatro. Tal experimentação é dividida em três momentos: um pré-expressivo ou de preparação de uma corporeidade para o teatro; outro de prática de duas poéticas teatrais; e, um terceiro, o da representação propriamente dita. A trajetória da oficina respeitará a seguinte ordem: 1. treinamento corporal-vocal do ator; 2.teatro como jogo. 3. as técnicas teatrais: do teatro dramático ao teatro épico (panorama teórico-prático); e, 4. experimentação de uma estrutura épico-dramática: o “Arena conta Zumbi”.

Carga Horária: 12 horas (distribuídos em três dias)

Facilitador: Prof. Me. Adriano Moraes – UFPEl/IAD

Adriano Moraes possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina (2002) e mestrado em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2005). Atualmente é professor assistente da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro, atuando principalmente nos seguintes temas: teatro, interpretação, dramaturgia, teatro-educação e encenação.

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REGULAMENTO

Objetivo
Tem-se como objetivo geral a promoção da cultura afro-brasileira remanescente, uma vez que são muitos os grupos que trabalham com a temática negra no país e fora dele, proporcionando uma data específica na agenda destas Cias. para que o Sul do Rio Grande do Sul, torne-se um lugar referência da cultura afro-brasileira no cenário nacional, expandindo conhecimentos a partir da troca de experiências que se oportunizará com o intercâmbio entre grupos com bagagens tão diferentes de informações.

Da organização
A IV Mostra de Teatro e Dança de Origem Africana tem uma comissão organizadora, responsável pela parte administrativa, executiva, técnica e artística. A sede Operacional do evento está situada na Rua Doutor Amarante, 1009 - cep 96020-720 - centro - Pelotas - RS

Da Inscrição e taxa
As inscrições poderão ser efetuadas a partir do dia 15 de junho de 2007 tendo como prazo de encerramento o dia 06 de outubro de 2007;
As fichas de inscrição devem ser devidamente preenchidas, sem rasuras, observando os itens abaixo:
a) Para cada coreografia deve ser preenchida uma ficha técnica;
b) Devem ser listados na ficha os nomes dos bailarinos/atores, do diretor ou coordenador , do coreógrafo, e se for o caso dos demais assistentes, todos em ordem alfabética;
c) Para efetuar sua inscrição o grupo deverá enviar uma foto 3x4 recente de cada integrante com o nome e função escrita no verso para a confecção dos crachás;
d) Deverá acompanhar ainda a ficha de inscrição do grupo a cópia da RG ou certidão de nascimento de cada bailarino/ator;
e) Para os participantes menores de 18 anos será exigida autorização por escrito dos pais ou responsável.
f) O pagamento das taxas de inscrições por bailarino e 1 assistente obedecerá a seguinte tabela:

GRUPOS LOCAIS E REGIÃO SUL DO ESTADO/RS
R$ 7,00 (SETE REAIS)

GRUPOS DAS DEMAIS LOCALIDADES
R$ 30,00 (TRINTA REAIS)


Obs. 1: o coreógrafo do grupo esta liberado da taxa de inscrição se o mesmo não for integrante da coreografia;
Obs. 2: demais assistentes pagarão o valor de R$ 10,00 (dez reais) em se tratando de grupos locais ou da região sul do estado e de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) para grupos das demais localidades.
Obs.3: A taxa de inscrição dos grupos e cias. locais ou da região sul do Estado do RS não dá direito a alojamento e refeições.
Pagando este valor, o coreógrafo e 2 bailarinos/atores por grupo devidamente inscritos terão direito a participar da Oficina de Teatro denominada
Serão considerados inscritos aqueles que enviarem a ficha de inscrição preenchida, acompanhada da documentação solicitada com a cópia do comprovante de depósito bancário. (efetuar depósito em bancos ou lotéricas da Caixa Econômica Federal, agência: 0495 - operação: 013 - conta nº: 00240110-4) enviar via correio para Cia. de Dança Afro Daniel Amaro, endereço: rua. Dr. Amarante n. 1009, Cep: 96020-720 – Pelotas/RS. A coordenação do evento, após conferir documentação, confirmará a inscrição por e-mail ou telefone.

HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Para os grupos oriundos de fora do estado do Rio Grande do Sul, estão incluídos neste valor alojamento e refeições (café da manhã, almoço e janta) nos dias do evento ficando apenas a bebida a cargo dos mesmos.
Os grupos e cias. participantes serão responsáveis por seu transporte até o local do evento e, deste até o seu local de origem.
Os danos materiais que eventualmente ocorrerem nos alojamentos oferecidos pela Comissão Organizadora serão ressarcidos pelo grupo participante.
A organização do evento não se responsabilizará por objetos pessoais e de valores extraviados nos alojamentos, locais de ensaios, apresentações e oficinas.

APRESENTAÇÕES
A iluminação terá afinação única e as trilhas sonoras deverão ser feitas em CD. Cada grupo ou cia. deverá ter um representante credenciado na cabine de som e luz durante o ensaio e a apresentação de cada peça.
Cada cia. terá direito de apresentar no máximo 1 trabalho com o tempo máximo de 20 minutos cada coreografia e 20min. cada esquete teatral.
Não serão permitidos cenários fixos, a tolerância máxima para a colocação ou remoção de objetos cênicos será de 30 segundos.
Os participantes deverão estar presentes no local com 1h de antecedência do horário previsto pra ensaios e apresentações.
A colocação e remoção de objetos cênicos usados durante a apresentação é de inteira responsabilidade do grupo, devendo não prejudicar a apresentação do grupo seguinte.
Será permitida a entrada nos camarins somente dos bailarinos/atores e de um coreógrafo ou coordenador, estes deverão estar devidamente identificados com os crachás disponibilizados pela comissão do evento. Alterações devem ser comunicadas com antecedência.
O cronograma de ensaios e apresentações serão divulgados aos grupos no dia 15/10/07, via E-mail ou ainda estará disponível na página da web: www.ciadanielamaro.com.br (em manutenção)

ENSAIOS
Deverá constar na ficha de inscrição se o grupo optar pelo ensaio.
Os ensaios serão previamente agendados pela Comissão Organizadora e, posteriormente divulgados.
Deverão ser obedecidos os horários e tempos de ensaio.
Os ensaios corresponderão ao dobro de tempo da coreografia ou esquete.

CERTIFICADOS
Todos participantes receberão certificado de participação.

Wednesday, March 21, 2007

FICA AHI SEDIA BNP

BIBLIOTECA NEGRA DE PELOTAS SERÁ FUNDADA HOJE

por Pablo Rodrigues

Depois de quase 120 anos da abolição da escravatura será fundada hoje - Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial - a primeira Biblioteca Negra de Pelotas (BNP) destinada à valorização da história e cultura afro-brasileira.

O evento ocorre a partir das 20h no Clube Cultural Fica Ahí. A diretora da Fundação Palmares (instituição vinculada ao Ministério da Cultura responsável por assuntos relacionados à cultura afro), Leila Silva, elogiou a criação da BNP e afirmou desconhecer a existência de outra biblioteca no País com o mesmo propósito.

A BNP surgiu de uma parceria entre o Grupo Sangoma de Estudos da Cultura Negra - criado por alunos negros do curso de Filosofia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) - e o Fica Ahí. O coordenador do Sangoma, professor Uruguay Cortazzo, afirmou que a nova Biblioteca deve se tornar futuramente em núcleo de pesquisa: “Qualquer pessoa poderá acessar o acervo e pesquisar sobre história e cultura da diáspora africana nas Américas.”

Cortazzo salientou a importância simbólica de a BNP estar sediada em espaço socialmente negro: o Clube Cultural Fica Ahí. “Os negros estarão próximos da Biblioteca, juntos a ela em local que sempre lhes pertenceu. Por mais incrível que pareça, há locais públicos em que a presença do negro ainda não é bem-vista”, disse.

A vice-presidente do Fica Ahí, Maria Helena Silveira, afirmou que a fundação da BNP é a realização de um desejo antigo: “É um sonho da nova diretoria e também de todas as anteriores a criação desta biblioteca. Ainda mais se tratando da etnia negra, que é difícil encontrar bibliografia. A fundação ficará na história de Pelotas.”

Lisandro Dias, integrante do Grupo Sangoma e estudante do 5º semestre de Filosofia, disse que é importante criar espaços nos quais a intelectualidade seja ainda mais desenvolvida. “A biblioteca será esse espaço. Dançar é importante. Cantar é importante. Estimular o pensamento crítico também”, disse.

PROGRAMAÇÃO

Além da fundação da Biblioteca Negra de Pelotas, o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial tem outras atividades na cidade.

O Movimento Negro promove a partir das 14 horas no Calçadão campanha de esclarecimentos à população com a distribuição de material sobre preconceito e discriminação de raça.

O artista Paulo Corrêa promove hoje mostra coletiva no hall de exposições do Centro de Integração do Mercosul da UFPel.

A exposição conta com obras de Iara Braga, Valdir Ferreira, Laura Elisa, Dielson Braga, José Darci e Jonas Martins.

O coordenador afro da Secretaria de Projetos Especiais, Daniel Amaro, disse que a função do Poder Público nesses casos não é ditar o que o Movimento Negro deve fazer, mas apoiar suas iniciativas: “Por isso estamos apoiando e buscando dar infra-estrutura às manifestações.”

SERVIÇO

O ato de fundação da Biblioteca Negra de Pelotas ocorre a partir das 20h no Clube Cultural Fica Ahí.

Os ingressos custam R$ 10,00 e serão revertidos à compra de acervo bibliográfico.

A cantora Giamarê, Sérgio Insaurriaga e o grupo Trem do Sul serão as atrações artísticas da noite.

Neuza Zoch, da Secretaria de Cidadania do Estado, realizará palestra sobre A mulher negra e o mercado de trabalho e renda.

ACERVO

A Biblioteca Negra de Pelotas conta ainda com acervo pequeno: cerca de 30 obras. No entanto, certos exemplares são importantes para conhecer a cultura afro-brasileira. Exemplo disso são as edições do jornal Quilombo: Vida, Problemas e Aspirações do Negro - reunidas em livro pela Editora 34 - coordenado por Abdias do Nascimento, um dos principais pensadores negros brasileiros. De 1907 a 1957 funcionou em Pelotas o jornal A Alvorada. A publicação também era voltada à população negra da cidade.

DOAÇÕES

Obras que abordem a história e a trajetória da cultura afro podem ser doadas para a Biblioteca Negra de Pelotas. As doações devem ser encaminhadas ao Clube Cultural Fica Ahí: rua Marechal Deodoro, 368. Mais informações pelo telefone 3272-2307.

HISTÓRIA DE UM MASSACRE - 21 DE MARÇO

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville.

Em 21 de março de 1960, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe que os obrigava a portar cartões de identificação para especificar os locais pelos quais poderiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. A manifestação era pacífica. O exército, no entanto, atirou sobre a multidão, matou 69 pessoas e deixou outras 186 feridas.

O dia 21 de março marca ainda outras conquistas da população negra no mundo: a independência da Etiópia, em 1975, e da Namíbia, em 1990. Ambos países africanos.

FONTE: www.diariopopular.com.br

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RS GANHA "BIBLIOTECA NEGRA" EM PELOTAS

por José Antonio dos Santos da Silva

Fundação Cultural Palmares e Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel assinaram Termo de Cooperação e Integração na sexta-feira(9), em ato realizado no Centro de Integração do Mercosul.

Resgatar a importância da cultura negra é o principal objetivo do Termo. Entre outras ações, a cooperação pretende capacitar educadores para a implementação da lei 10.639, cujo teor torna obrigatório o estudo sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos ensinos fundamental e médio.

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Zulu Araújo

Em visita a Pelotas, o presidente da Fundação Palmares, Zulú Araújo, ressaltou a necessidade de aprimoramento dos ensinos voltados à cultura africana. "A África é o continente-mãe da humanidade e deu contribuições civilizatórias importantíssimas", disse Zulú.

O vice-reitor da UFPel, Telmo Pagana Xavier, declarou que o convênio é positivo tanto para a Universidade quanto para a comunidade em geral e disse que o ato trará um grande incremento para a região e resultados significativos para todos, principalmente porque Pelotas tem um grande número de afro-descendentes.

Além da Lei 10.639, a pró-reitoria de Extensão e Cultura desenvolve o Programa Buscando as Origens, que reúne quatro projetos, que são os relativos à Semana Zumbi, que visa promover em novembro a união das datas dos dias 14, Dia dos Lanceiros Negros, e 20, Dia da Consciência Negra; ao projeto Núcleo da Memória e de Estudos Afro-brasileiros da UFPel, "Memoáfrica"; ao trabalho Escola dos Tambores, que deverá trazer o Olodum a Pelotas; e ao projeto Caravana Afro-Brasileira, que pretende propiciar a 40 ministros de religiões de matriz africana radicados na Zona Sul uma visita a Salvador, Bahia, para observar semelhanças e diferenças entre as culturas religiosas das duas regiões.

Tuesday, March 20, 2007

CLUBE CULTURAL FICA AHI PRA IR DIZENDO: 85 anos proporcionando lazer e cultura

por Profª Giselda Maria Marques Lima


O Clube Cultural Fica Ahi Pra Ir Dizendo, tradicional entidade social de nossa cidade(Pelotas), foi fundado por iniciativa de alguns amigos, que reunidos em bela e quente tarde, do dia 27 de janeiro de 1921, na Praça da República ( atual Cel. Pedro Osório), resolveram fundar um cordão carnavalesco, para abrilhantar os já famosos carnavais de Pelotas. O grupo era formado pelos jovens Osvaldo Guimarães da Silva, Renato Monteiro de Souza e João Francisco Ferreira. A idéia foi tomando vulto, e imediatamente Osvaldo Guimarães da Silva sugeriu o nome de "Cordão Carnavalesco Fica Ahí Pra ir Dizendo", tendo escolhido como cores o azul e o branco, que foi aceito por seus colegas com muito entusiasmo.

Passados nove dias, o grupo, já organizado, começou os preparativos para os desfiles carnavalescos, iniciando os ensaios sob a direção do jovem Lino Silveira, com regência do músico Afonso Aguirre, tendo este escolhido um repertório composto de várias marchas, canções e choros famosos da época. O desfile do grupo foi um sucesso, sendo que seus componentes resolveram prosseguir com o empreendimento, fundando desta forma este clube, que com o decorrer dos anos, tornar-se-ia uma sociedade formada de negros, que se reuniam para confraternizar através de bailes, quermesses, chás, festivais e jogos diversos.

A primeira diretoria foi assim constituída:

Presidente: Lino Ribeiro
Vice-presidente: Renato Souza
Primeiro-secretário: Osvaldo Guimarães da Silva
Segundo-secretário: Edgar Dias
Primeiro orador: Antenor Vieira
Segundo orador: Joaquim Rollo
Primeiro porta-estandarte: João Brizolara
Diretor musical: Antônio Ramos
Diretores: Felisberto Cuica, Mário Porto, Antero Rodrigues, Jorge Barcelos, José da Silva.

A primeira sede do " Cordão Carnavalesco Fica Ahi Prá Ir Dizendo", foi na Rua Félix da Cunha, 815. Ao comemorar seu primeiro aniversário, a sociedade já bem estruturada, escolheu para madrinha a graciosa jovem Maria Luiza Abreu.

Passado algum tempo, a sede muda-se para Rua Cassiano, esquina Gonçalves Chaves. Em meados de 1935, é escolhido o prédio da Rua Félix da Cunha,774, que acolheu a sociedade até 1954. Em 1948, o "Cordão Carnavalesco passou a Clube Carnavalesco" já contava com uma "grade de sócios" bem significativa.

Por esta época, já estavam bem definidos os principais objetivos da entidade: a construção de uma sede própria e, a criação de uma escola. Para concretizar estes projetos, foi criada uma comissão de obras, composta pelos seguintes associados: Presidente: Rubens Lima, Primeiro-tesoureiro: Israel da Conceição, Segundo-tesoureiro: Francisco de Paula Moraes. Em terreno situado na rua Mal. Deodoro, 368, no dia 1º de janeiro de 1953, foi lançada a Pedra Fundamental.

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Com a ajuda de sócios e simpatizantes, tais como o Engenheiro Dr. Miguel Curi Halla, foi transformado em realidade o sonho almejado por todos os ficaianos: a construção de prédio de dois andares com amplo salão de festas, sala de honra, banheiros, copa e despensa, no 1º andar. No andar térreo, sala do presidente, secretaria, sala de jogos, sala de reuniões, salão térreo, banheiros e cozinha.

Não podemos deixar de salientar, que o complemento deste sonho (criação de uma escola), também foi alcançado. No piso inferior da sede funcionou durante vários anos o Grupo escolar Dr. Francisco Simões.

Por esta época, o clube já não era carnavalesco, pois, em memorável assembléia, realizada a 26 de maio de 1953, presidida pelo Sr. Francisco de Paula Vargas e secretariada pelo Sr. Milton Brasil Dias, houve a substituição do pré-nome de Carnavalesco para Cultural, enriquecendo assim os primeiros objetivos da entidade, (criar um grupo com a finalidade de participar de carnaval de nossa cidade). A partir desta data nossos sócios teriam além de lazer, o aprimoramento de sua cultura.

A inauguração da sede própria aconteceu no dia 14 de fevereiro de 1954, com programação de inúmeros festejos, uma vez que o tão almejado objetivo dos fundadores e primeiros sócios enfim, tornaram-se realidade. O clube foi crescendo e proporcionando a seus associados momentos de grandes alegrias, emoções e lazer.

Assistimos a palestras proferidas por nomes famosos, tais como: Dr. Fuad Selaimen, Prof. Celso D'Ávila Sellas, Dr. Carlos da Silva Santos (Dep. Carlos Santos - www.deputadocarlossantos.blogspot.com), Ministro Mozart Vitor Russomano, Francisco de Paula Dutra e muitos outros.

Artistas famosos, de todo o país e do exterior, abrilhantaram festas memoráveis. Dentre eles destacam-se: Ângela Maria, Dolores Duran, Blecaute, Jamelão, Carmem Costa, Mirabeau, Jorge Veiga, Nora Ney, Raul de Barros e sua orquestra, Gregório Barrios, Lupicínio Rodrigues, Francisco Egídio e a Orquestra Cubana formada somente por mulheres " As Anacaonas" que fizeram grande sucesso.

Correu o tempo, e, pelas dependências desta sociedade, muitos jovens se conheceram e constituíram família, perpetuando com amor o ideal dos primeiros ficaianos. Durante oitenta e cinco anos, inúmeros associados fizeram parte de suas diretorias, dando cada um deles sua parcela de contribuição, para seu engrandecimento. Ficaianos de coração, durante todos estes anos dirigiram os destinos de nosso clube, pois foram eleitos em grandes assembléias presidentes, sempre acompanhados de sócios, que fizeram parte das várias diretorias do clube.

Entre os sócios, que foram eleitos PRESIDENTES, podemos citar:

Lino Ribeiro Júlio (1º presidente)
Rubens Lima
Afonso Aguirre

Francisco de Paula Vargas
Osvaldo Guimarães da Silva

Osvaldo Lopes
José Vasques

Darcy Marques
Lervindo Ribeiro

Antônio Moraes
Antônio Ramos

Milton Brasil Dias
Anacleto dos Santos

Francisco de Paula Moraes
Adolfo Barreto

Mário Vargas
Ivo Porto

Pedro Hilário de Araújo
Valério Silva

Carlos Serafim Abreu
José Silveira

Guajará Lima Reis
Joaquim Dias

Clóvis Nascimento
José Parker

Ibsen Barboza
João Madruga

Carlos Roberto Bitencourt
Alberto dos Santos Amora

Darion Lemos Nunes
Alexandre Correa

Ariovaldo Ortiz
Rubens Lima

Mozart Silveira
José Luiz Carvalho da Silva
Osvaldo Lopes

Maria Helena Neves da Silveira
Israel Conceição

Euclides Virgílio Fonseca
Júlio César Furtado
Valfredo Costa Raul Borges Ferreira
(atual Presidente)

O que somos hoje é fruto de semente, plantada e regada, com sacrifício e amor por homens e mulheres que, deixando o recesso de seus lares, dedicaram horas de suas vidas na formação do patrimônio desta sociedade. Muitos já nos deixaram, mas alguns de seus descendentes continuam fazendo parte do quadro social deste clube, que nascido do impulso de alguns jovens de formarem um cordão carnavalesco, deram os primeiros passos, para a formação do Clube Cultural Fica Ahi Pra ir Dizendo. Nos dias atuais, o trabalho é reconhecido e admirado por todos aqueles que tiveram o privilégio de participar de suas festividades.

ATUAL DIRETORIA - 2005/2007
Presidente: Raul Borges Ferreira
Vice-presidente: Maria Helena Neves da Silveira
Secretário: Simone Neves da Silveira
1º Tesoureiro: Maria Conceição Ávila
2º Tesoureiro: Heloisa Helena Nunes Corrêa Pinto
Diretor de Patrimônio: Volimar Porciúncula
Diretores Culturais: Vilma Ávila, João Daniel Pereira Amaro
Diretores Sociais: Renato Corrêa, Ivanir Ávila, Elizabeth Porciúncula, Clarice Gomes da Silva, Vera Lúcia Domingues, Diego Carvalho Rodrigues.

FONTES & REFERÊNCIAS:
- Atas das Reuniões de Diretoria
- Entrevistas com os seguintes sócios:
Antônio Moraes, Darcy Marques, Eloice Lopes Maciel, Francisco de Paula Moraes, Sumai Silva Reis.
- Trecho extraído da pesquisa realizada pela
Profª GICELDA MARIA MARQUES LIMA
Integrante do IHGPEL (Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas - Associada do Clube e filha do ex- presidente Sr. Darci Marques)


I ENCONTRO NACIONAL DE CLUBES NEGROS DO BRASIL,
promovido pela Seppir - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal (www.presidencia.gov.br/seppir)
24 a 26 de novembro de 2006 - Santa Maria
www.clubesnegrosbr.blogspot.com

Monday, November 13, 2006

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA DO FICA AHI

PROGRAMAÇÃO
16 a 20 de novembro de 2006

Data: 16, 17 e 20/11
Exposição de Pintura de Artistas Afros
Local: Sede Social
Horário: 14h às 17h 30 min.
Entrada Franca

Data: 16/11 (quinta)
Palestra O NEGRO NA MÍDIA
Jornalistas: Janice Dias Ramos
Vera Daisy Barcellos (ONG - Maria Mulher)
Luiz Armando Vaz (Diário Gaúcho - ZH)

Palestra LEI 10.639/2003
Profª Marielda Barcelos Medeiros

TESTEMUNHO DE VIDA
Prof. Rev. Dr. Aires Paiva

Local: Sede Social
Horário: 20 horas
Entrada Franca

Data: 17/11 (sexta)
INAUGURAÇÃO DO PONTO DE CULTURA
(Projeto do Ministério da Cultura e Universidade Católica de Pelotas)

Apresentação do Grupo de Dança do Clube Fica Ahi

Local: Sede Social
Horário: 18 horas

Data: 18/11 (sábado)
JANTAR-BAILE "DA CONSCIÊNCIA NEGRA"
"HOMENAGEM À PERSONALIDADES NEGRAS "
TROFÉU "CONSCIÊNCIA NEGRA "

Horário: 21 horas
Local: Sede Social
Traje: AFRO ou Social
Valor: R$ 25,00 (Buffet)

RESERVAS ANTECIPADAS NA SECRETARIA DO CLUBE
(53)3222-4891

PARTICIPE!
" NOSSAS RAÍZES, NOSSO ORGULHO "

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FOTO: Jantar da Primavera
Casal Presidente, Sr. Raul Borges e Vilma Ávila,
Duquesinha, Lisiê Porciuncula
Rainha, Tassiane Mattos e tituladas

Sunday, November 12, 2006

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA VALORIZA ETNIAS EM PELOTAS

por Vilmarise Franceschi

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Daniel Amaro

Valorizar a cultura e a história do povo negro é o principal objetivo das atividades comemorativas à Semana da Consciência Negra, que acontece em Pelotas de 14 a 20 de novembro. Os eventos diversos e a programação descentralizada devem facilitar o acesso da comunidade e aumentar a participação para as discussões em torno do tema. A abertura oficial do evento está marcada para dia 16, às 9h no salão nobre da prefeitura municipal.

Pelotas é considerada a cidade com maior número de negros no RS. A base para esta afirmação vem do tempo dos escravos. Dados históricos apontam que em 1833, a população de escravos era de 5.169 pessoas para 3.555 homens livres e 1.136 libertos. Os dados atuais reforçam esta tese. Segundo o coordenador do afro-descendente da secretaria de Projetos Especiais, Daniel Amaro, este ano a organização do evento teve ampla participação de entidades e pessoas que trabalham ou se identificam com a causa. “A organização da semana foi extremamente democrática. Com apoio da comunidade montamos uma programação variada e que vai valorizar a etnia negra em diversos campos”, destacou.

A arte feita na periferia será levada ao palco do teatro, hoje mais popular, mas em outras épocas construído para abrigar peças e óperas da alta sociedade. Artistas da terceira idade vão cantar rap, a música de protesto dos jovens e a produção intelectual e artística e os estudos sobre o tema serão levados às mais diversas instituições como escolas, clubes de bairro e associações. Personalidades da etnia negra serão destacados e homenageados e a história do povo negro preencherá cada canto da cidade.

A primeira atividade da semana será a escolha da “Mais Bela Negra e Negro de Pelotas”. O evento organizado pela New Life Produções vai reunir as beldades no Clube Cultural Fica Ahí, à partir das 21h. Dia 16, quinta-feira a abertura oficial no salão nobre da prefeitura, vai reunir autoridades e a comunidade para apreciar a apresentação do Coral do Cetres e as palestras dos professores Marielda Barcellos e Fábio Gonçalves. O encerramento da cerimônia será com a apresentação do Grupo Nossas Raízes, do Cerenepe. Durante a semana escolas estaduais e municipais vão receber oficinas de dança afro, hip-hop, grafite, história em quadrinhos e percussão. Ainda no dia 16 jornalistas integrantes do Núcleo de Comunicadores Afro-brasileiros do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS fazem um bate-papo sobre o negro na mídia. A conversa está agendada para às 20h, no Clube Cultural Fica Ahí.

www.pelotas.rs.gov.br